O Brasil aparece entre as 20 piores colocações no ranking das três áreas acompanhadas pelo exame: matemática, ciências e leitura. Ao todo, foram analisados 79 países e territórios.
Os resultados, divulgados hoje pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), são da edição de 2018 do exame e não dizem respeito à gestão de Jair Bolsonaro (PSL), que assumiu a Presidência em 2019.
Em comparação com os dados de 2015, quando foram avaliados 70 países e territórios, o Brasil caiu da 63ª para a 67ª colocação em ciências. Nessa disciplina, o país supera apenas países como Cazaquistão e Bósnia e Herzegovina, ficando para trás de Uruguai, Chile e Tailândia, por exemplo.
Já em matemática, o país despencou do 66º para o 71º posto, ficando à frente apenas de Argentina, Indonésia, Arábia Saudita, Marrocos, Kosovo, Panamá, Filipinas e República Dominicana.
Em leitura, o país permaneceu estagnado, conseguindo apenas passar da 59ª para a 58ª posição, ficando atrás de países como México e Romênia.
Realizado a cada três anos, o Pisa busca medir o conhecimento e a habilidade em leitura, matemática e ciências de estudantes com 15 anos de idade. São avaliados tanto países-membros da OCDE como países parceiros da organização —caso em que se encaixa o Brasil.
A cada edição, o Pisa dá ênfase em uma das disciplinas avaliadas. Em 2018, foi a vez da área de leitura.
Os dados foram publicados em meio a uma polêmica com a Espanha, que não teve os resultados da área de leitura divulgados. De acordo com a OCDE, foram identificados "comportamentos implausíveis" em respostas de alunos.
No Brasil, 10.691 alunos de 638 escolas fizeram o teste no ano passado, representando 2.036.861 estudantes de 15 anos (65% da população total dessa idade no país).
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