Abraham Weintraub não é mais ministro da Educação. Em vídeo publicado em suas redes sociais, ele falou sobre a saída da pasta nesta quinta-feira, 18. “Desta vez é verdade. Estou saindo do MEC”, disse Weintraub. “Nos próximos dias, eu passo o bastão para o ministro que vai ficar no meu lugar”, declarou.
O ex-titular da Educação ainda disse que não queria discutir os motivos de sua saída.”Recebi um convite para ser diretor de um banco, volto ao mesmo cargo, porém do Banco Mundial”, destacou.
Mais cedo, a deputada federal Carla Zambelli publicou um texto referindo-se a Weintraub em suas redes sociais. A mensagem mostra citação de um trecho da Bíblia. “Combateu o bom combate, guardou a fé. A coroa da justiça lhe está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, lhe dará naquele Dia”.
Ontem o ex-ministro sofreu uma derrota no STF. A Corte rejeitou analisar habeas corpus protocolado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça. Weintraub é alvo de diligências no inquérito das fake news que tramita no Supremo.
Desgaste
Weintraub já estava desgastado no Governo. O ex-ministro era alvo frequente de críticas de parlamentares, especialistas em Educação e estudantes. Para completar, o presidente Jair Bolsonaro havia revogado a Medida Provisória (MP) nº 979 que autorizava Weintraub a escolher reitores e vice-reitores de universidades de maneira temporária durante o período da pandemia da COVID-19.
O texto foi devolvido pelo presidente do Congresso e Senado, Davi Alcolumbre. O parlamentar justificou a medida informando se tratar de “violação aos princípios constitucionais da autonomia e da gestão democrática das universidades”.
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