Caso Mariana Thomaz: júri popular de Johannes Dudeck é adiado pela segunda vez

Por Por g1 PB 07/11/2023 - 09:18 hs
Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
Caso Mariana Thomaz: júri popular de Johannes Dudeck é adiado pela segunda vez
Johannes Dudeck, suspeito de matar a estudante de medicina Mariana Thomaz, em João Pessoa

A Justiça da Paraíba adiou pela segunda vez o júri popular do empresário Johannes Dudeck, acusado de matar a estudante Mariana Thomaz. O julgamento estava agendado para 9 de novembro, mas o advogado do réu pediu o adiamento para participar de um evento. A audiência foi remarcada para os dias 16 e 17 de novembro, no Fórum Criminal de João Pessoa. O réu será julgado por feminicídio e estupro contra a estudante, crime ocorrido em março de 2022.

O advogado de defesa de Johannes, Aécio Farias, informou quando solicitou o adiamento, através de nota, que por ser presidente da Comissão do Tribunal do Júri da Associação Nacional da Advocacia Criminal (ANACRIM-PB), vai participar de um congresso nacional da instituição marcado, coincidentemente, para o mesmo dia em que o julgamento deveria acontecer, em Minas Gerais.

O julgamento já tinha sido adiado anteriormente, quando deveria ocorrer em 20 de setembro, mas o advogado do acusado apresentou um atestado médico, informando que não poderia comparecer.

A promotora Artemise Leal, que se colocou contra ao novo adiamento, solicitou à Justiça que o julgamento acontecesse ainda neste mês de novembro. Segundo a promotora, é importante realizar a audiência o mais rápido possível porque a demora é igual a impunidade, além de reforçar uma sensação de insegurança, principalmente em casos de feminicídio.

Artemise também afirma que o julgamento é importante para que a família consiga continuar a vida e “ressignificar a perda”.

“Independente do resultado do Júri, a família precisa encerrar esse capítulo do livro da vida e começar a escrever o próximo. Ressignificar a perda e seguir a vida. Todos os relatos que tenho dos familiares de vítimas, após os júris, eles sentem que uma nova fase da vida está iniciando e a família seguindo o fluxo natural da vida. Eles enterram o familiar ali (no julgamento), mesmo quando há absolvição dos réus. Quando isso ocorre eles falam: ‘da justiça divina, ele (réu) não escapa’. É como se eles tivessem a necessidade de que o julgamento ocorresse”, afirmou a promotora.


Mariana Thomaz foi morta por esganadura. — Foto: Reprodução/Redes sociais

Maiores detalhes, nesta quarta-feira dentro do Programa BORA CONVERSAR na LAVRAS CE TV WEB nesta quarta-feira (08/11) a partir das 7 da noite.

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