O principal suspeito de matar e enterrar a médica endocrinologista cearense Glaubênia Serpa Costa, de 53 anos, se passou por ela nas redes sociais para abafar o crime descoberto nesta segunda-feira (4), em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro. Funcionário da vítima, Emanuel Pereira realizou diversas postagens no Instagram e também assumiu a identidade do irmão dela. As informações são da CNN Brasil.

Emanuel também informou a amigos e colegas que ela estaria com depressão profunda e estaria em Gramado, no Rio Grande do Sul. A última publicação no perfil da médica foi postada em 11 de dezembro de 2023, em que ela supostamente falava do diagnóstico da doença, inventado por ele. 

"Entendam, definitivamente entendam que estou bem do jeito que desejo estar. Se você não entende o que é depressão profunda, não me perturbe, só quero paz. Por enquanto só estou pedindo, sem exigir. Do meu jeito, estou bem", dizia o texto do vídeo. 

As publicações envolviam vídeos e fotos motivacionais que não mostravam a imagem da vítima.

Conforme as investigações, Glaubênia não tinha familiares em Rio das Ostras e era reclusa. Além de realizar as postagens, Emanuel também realizou transações financeiras e transferiu o carro da médica para o nome dele. Com o funcionário também foram encontrados bicicleta, geladeira, documentos pessoais, telefone celular e cartões bancários da vítima.

DESAPARECIMENTO E CRIME

Em janeiro, o desaparecimento de Glaubênia começou a ser investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, após um pedido do Ministério Público. 

Emanuel Pereira confessou o crime as autoridades e relatou que no dia da morte da médica ocorreu eles tiveram uma discussão.  O homicídio, segundo as autoridades, ocorreu em julho de 2023 com golpes de faca, arma que foi entregue aos agentes.

A endocrinologista estava desaparecida desde o ano passado e foi encontrada enterrada no quintal da própria casa.

O homem foi preso em flagrante por ocultação de cadáver. Emanuel já teve a prisão convertida em preventiva e foi encaminhado ao sistema prisional.  O caso agora é tratado como feminicídio e ocultação de cadáver.