Tentando terceiro mandato em Orós, Simão Pedro fala sobre alianças e prioridades para gestão

Por Felipe Barreto 20/07/2024 - 08:32 hs
Foto: Hellynara Fernandes
Tentando terceiro mandato em Orós, Simão Pedro fala sobre alianças e prioridades para gestão
Simão Pedro, em entrevista ao podcast Questão de Opinião

Simão Pedro (PSD), suplente de deputado estadual em exercício e pré-candidato à Prefeitura de Orós, onde tenta o seu terceiro mandato, concedeu entrevista ao podcast Questão de Opinião, do OPINIÃO CE. Conforme Simão, após sua experiência no Executivo Municipal entre 2013 e 2020, e no Legislativo desde 2023, ele se sente “bem mais preparado” para o pleito deste ano em relação aos passados. A convenção para o lançamento oficial do seu nome está marcada para a próxima sexta-feira (26).

“Hoje eu me sinto bem mais preparado e pronto para fazer ainda mais, em todos os sentidos. Tanto na gestão, com qualificação, e no resultado”, afirmou.

Ainda de acordo com o peessedista, mesmo sendo filho de dois ex-prefeitos, seu aprendizado sobre a atuação na vida pública teve como ponto inicial quando assumiu a gestão de Orós pela primeira vez. “Eu vinha da área privada, não tinha experiência na área pública. Tinha de orçamento, condução, gestão e administração, mas quando você entra na vida pública, existe tudo isso e mais a questão política. Às vezes você tem que dar um não, tomar ações impopulares”, disse. Ele destaca a importância da experiência também na Assembleia: “Hoje, como deputado, podendo ter um outro patamar de experiência, para saber como funciona profundamente os entraves do Governo do Estado e das Secretarias”.

O arco de alianças em torno do nome de Simão Pedro, como explicou ele, contará com cinco partidos. Além do PSD, estão: PDT, PSB, PSDB e PL. Desses, dois fazem parte da base de apoio ao governador Elmano de Freitas (PT) – PSD e PSB. A dinâmica partidária nos municípios é diferente, nem sempre uma sigla que compõe um grupo a nível estadual vai estar junta ao mesmo grupo na cidade. 

“Aqui [Ceará] é uma história, mas lá é outra. Lá se defende o municipalismo. O voto é municipal, não estadual”, ressaltou.

Segundo o pré-candidato, a definição de quem vai compor sua chapa como vice já está encaminhada. “Está afunilado. Deixamos em aberto para esses partidos [do arco de alianças], para ver o melhor nome, o que some mais”. No entanto, ele disse ainda que tem uma questão estratégica em não antecipar quem vai ser o pré-candidato ou a pré-candidata a vice. “É importante a gente ter algo para o final, para as vésperas da convenção. Se você entrega tudo, você fica sem nenhuma cartada para o final”, completou.

DISPUTA EM ORÓS

A disputa em Orós, até o momento, conta com três pré-candidatos. Além de Simão, o vereador Francieudo do Sindicato (PT) e Luhanna Urya (PP) se colocam à disposição da população. O atual prefeito, Zé Rubens (PSD), é do grupo político do deputado e poderia concorrer à reeleição, mas fez pediu para que o parlamentar tentasse retornar ao Executivo. “De início, não estava no meu planejamento. Estou como deputado, tem ainda mais quase dois anos e meio, porque apesar de estar na suplência, o partido tem me dado oportunidade, fazendo rodízio”. 

“Eu não tinha isso [disputar as eleições] no pensamento, mas aí o próprio prefeito me pediu que eu fosse o candidato”, completou.

Conforme o postulante, várias questões estão em torno da decisão do gestor. “Ele já tem uma idade um pouco avançada, tem alguns problemas de saúde e ele mesmo me pediu, então comecei a amadurecer essa questão”, afirmou, lembrando que ele não poderia “abandonar” sua base política. “Fizemos uma reunião com as lideranças políticas e foi meio que unanimidade o meu nome. Eu jamais chegaria para o meu grupo e diria: ‘vocês me querem, mas não estou disposto’. Lá atrás, eu não fui buscar eles? Então hoje eu não poderia abandoná-los. Estou à disposição”, acrescentou.