Desde que assumiu a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em 2021, Ednaldo Rodrigues aumentou significativamente os salários dos presidentes das federações estaduais de futebol. Segundo reportagem publicada nesta sexta-feira (4) pela revista Piauí, o valor mensal pago aos dirigentes saltou de R$ 50 mil para R$ 215 mil, um aumento de quase 200%.

A reportagem traz uma série de informações sobre os bastidores da atual gestão da CBF, que recentemente reconduziu Ednaldo Rodrigues ao cargo. Entre os pontos destacados estão os gastos milionários da entidade, benefícios concedidos a dirigentes e cortes orçamentários em áreas técnicas, como a arbitragem.

Cortes na arbitragem

Em contrapartida, a CBF alegou restrições orçamentárias ao suspender viagens e hospedagens de árbitros da Série A do Campeonato Brasileiro, que realizavam treinamentos e avaliações físicas quinzenais no Rio de Janeiro. Com a mudança, os encontros passaram a ocorrer por videoconferência.

Ainda de acordo com a Piauí, o então chefe da Comissão de Arbitragem, Wilson Luiz Seneme, apresentou um projeto orçado em R$ 60 milhões para a criação de uma escola de árbitros e de um centro de treinamento com estrutura completa, incluindo campos, refeitório e alojamentos. O plano chegou a ser aprovado, mas não foi adiante. Seneme foi desligado da CBF após críticas ao desempenho da arbitragem na última temporada, e os investimentos planejados foram interrompidos.