Com teleférico, Complexo Mirante do Caldas, em Barbalha, será inaugurado neste sábado

Por Antonio Rodrigues 13/11/2021 - 09:41 hs
Foto: Divulgação
Com teleférico, Complexo Mirante do Caldas, em Barbalha, será inaugurado neste sábado
Teleférico terá vista privilegiada da Chapada do Araripe e do vale do Cariri

Após quase dez anos de espera, o Complexo Ambiental Mirante do Caldas, em Barbalha, será inaugurado neste sábado (13). Com expectativa de impulsionar o turismo na região do Cariri, o projeto conta com uma série de equipamentos, dentre os quias se destaca o teleférico que liga o distrito de Caldas ao Mirante do Cruzeiro, com capacidade para transportar 660 pessoas por hora. Ao todo, foram investidos cerca de R$ 14 milhões.

O complexo também conta com o Centro de Interpretação e Educação Ambiental, uma loja, uma cafeteria, um borboletário e uma plataforma de onde se poderá observar, por exemplo, o Vale do Rio Salamanca, a Chapada do Araripe e o Centro Histórico de Barbalha. O equipamento será gerenciado pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), que firmou um contrato de gestão de um ano com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema).

Com a parceria, o complexo terá uma equipe própria, que fará o planejamento e operação das atividades com supervisão e acompanhamento da Sema. O contrato entre a pasta e o IDM vigora até maio de 2022, podendo ser prorrogado.

No total, o contrato prevê um investimento de R$ 3,2 milhões para realização de programas de educação ambiental e patrimonial, como exposições e atividades artísticas, cursos e oficinas, visitas guiadas, a operação do teleférico, acolhimento do público, entre outras atividades.

As visitas ocorrerão de quarta a domingo, com duração média estimada em 50 minutos, nos períodos da manhã e tarde, divididos nos seguintes horários: 9h, 10h, 11h, 14h, 15h e 16h. Por causa da pandemia, o passeio deve ser agendado no site do complexo.

A princípio, os visitantes não pagarão pelo uso dos equipamentos. “O Estado está bancando tudo e não vai haver cobrança”, enfatiza a secretária de Planejamento e Gestão Interna da Sema, Maria Dias. O contrato com o IDM cobre estes custos, neste primeiro ano. “Depois vamos ver como se comporta e pensar outras formas de exploração econômica”, admite a gestora.

Geração de emprego

Com o funcionamento, devem ser criados mais de 100 empregos, diretos e indiretos, a partir da operação do teleférico e dos outros espaços. “Indiretos vai gerar muitos, porque tem todo o processo de divulgação, renda para artista, artesãos, guias”, exemplifica Maria Dias.

Para os moradores do distrito de Caldas, já famoso pelo balneário homônimo, a inauguração do complexo deve melhorar a economia da comunidade. “A gente aguarda isso há muitos anos. Imagino que as minhas vendas vão aumentar daqui para frente”, conta a empresária Aparecida Lacerda, que possui uma cafeteria.

Seu vizinho Gilvan Pereira, que montou uma lanchonete próximo a uma das estações do teleférico, está ansioso: “São mais de quatro anos de espera. Aqui eu já penso em modernizar meu espaço, porque vai melhorar muito. Vamos receber muita gente”, torce o empresário.

Educação ambiental

A diretora-presidenta do IDM, Rachel Gadelha, ressalta que o foco principal da gestão será a educação ambiental, “sempre levando em conta a relação da natureza e a cultura”, pondera.

Com a pandemia, a ideia do Dragão é trabalhar também com programação virtual. “Vamos criar conteúdo, mostrar as belezas da região”, antecipa Rachel.

No Centro de Interpretação e Educação Ambiental serão colocadas imagens e mapas explicativos para que os visitantes tenham um primeiro contato com o Cariri. “Uma forma que o público conheça como um portal de visão da Chapada”.

DN