Corpo do papa Francisco será colocado no caixão às 15h, diz Vaticano
O corpo do papa Francisco
será colocado em um caixão na tarde de hoje. Ele morreu nesta madrugada
(horário de Brasília), aos 88 anos.
O que aconteceu
Cerimônia será realizada às
15h (no horário de Brasília) na capela da residência Santa Marta, onde o papa
morava. Segundo o Vaticano, o cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da
Igreja Romana, presidirá o rito de certificação da morte e a colocação do corpo
no caixão.
Corpo do papa ficará exposto
por três dias na Basílica de São Pedro para a devoção dos fiéis. A data do
funeral será definida pelo Colégio dos Cardeais nas próximas horas.
Antes de morrer, o pontífice
ordenou uma simplificação dos rituais fúnebres, com os corpos não sendo mais
expostos fora dos caixões. Antes, os corpos dos papas eram colocados em um
catafalco, espécie de plataforma, durante seus ritos fúnebres. Francisco também
pediu para ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, fugindo da
tradição de um enterro em São Pedro.
Papa morreu às 2h35 (horário
de Brasília). Ele se recuperava de uma pneumonia dupla, que o deixou 37 dias no
hospital, entre fevereiro e março deste ano.
Ele apareceu publicamente no
Domingo de Páscoa para dar a bênção aos fiéis na Praça de São Pedro, no
Vaticano. Ele se movimentava em uma cadeira de rodas e acenou da varanda após o
fim da celebração da missa. Um assessor leu a mensagem "urbi et orbi"
(para a cidade de Roma e para o mundo) por ele.
Jorge Mario Bergoglio foi o primeiro pontífice latino-americano. Ele escolheu o nome Francisco em homenagem ao santo padroeiro dos pobres e deixou um legado de reformas importantes e uma postura considerada mais progressista.
Última mensagem de Francisco
pedia paz
Na mensagem escrita por ele,
o pontífice fez votos de paz e pediu o desarmamento. "Não é possível haver
paz sem um verdadeiro desarmamento! A necessidade que cada povo sente de
garantir a sua própria defesa não pode transformar-se numa corrida generalizada
ao armamento", diz a mensagem lida pelo monsenhor Diego Ravelli, mestre
das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, no Domingo de Páscoa.
"Que o princípio da
humanidade nunca deixe de ser o eixo do nosso agir cotidiano. Perante a
crueldade dos conflitos que atingem civis indefesos, atacam escolas e hospitais
e agentes humanitários, não podemos esquecer que não são atingidos alvos, mas
pessoas com alma e dignidade."
Papa Francisco
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